quarta-feira, 30 de abril de 2008

Isto são os 2 primeiros parágrafos de uma notícia do JN:

Um motorista de 54 anos está a ser julgado no Tribunal de São João Novo, no Porto, por alegados abusos sexuais cometidos durante seis anos sobre a sua filha. De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), os factos terão acontecido entre 2000 e 2006, ano em que a menor completou 17 anos e deixou de viver com o pai e presumível agressor. Decorreram ontem as alegações finais do caso, tendo o procurador do MP pedido a condenação do arguido por um crime de abuso sexual de criança e outro de abuso sexual de menor dependente. A decisão está marcada para 13 de Maio.

O indivíduo vivia separado da mãe da menina, residente em São João da Madeira. Mas, apesar disso, chegou a deter o poder paternal, atribuído em 2004 pelo Tribunal de Oliveira de Azeméis - portanto, em data contemporânea com os abusos.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

25 Abril

Esta 6ª feira celebrou-se o 25 de Abril. Celebrou-se a conquista da liberdade por parte do povo português.

Acontece que muita gente confunde ainda liberdade com fazer aquilo que bem lhe apetece. A nossa liberdade acaba quando começam os direitos dos outros.

Isto para dizer o quê?

Da próxima vez que apeteça a alguém lançar foguetes num feríado às 9 da manhã, lembrem-se que ainda há muita gente a dormir...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Jornalismo...

Eu não sou jornalista, nem quero ser. Habitualmente já nem ligo aos disparates que fazem e às barbaridades que dizem. Isto falando de uma forma geral, pois há também muitos bons jornalistas.

Acontece que eu acabei de ver uma notícia num site em que uma pessoa tinha dirigido palavras ofensivas a outra. O jornalista disse que não iria transcrever as palavras em questão. Tudo bem, aceito.

Mas nesse caso a frase seguinte jamais poderá ser: carregue aqui para saber o que ele disse...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Sobre Religiões

Em primeiro lugar quero destacar que sou anti-religioso. Não em relação a uma religião em particular mas em relação a todas elas.



Em segundo lugar acho que as religiões são uma cambada de tretas e as pessoas que as seguem têm um denominador comun: o medo da morte. Não é por acaso que uma falam na vida "eterna" (acho que o termo não é nada inocente), outras dizem que estarão à sua espera 70 virgens... Mas no fundo tudo se resume a procurar uma "cura" para a morte.



Em terceiro lugar, o que vou escrever aqui em nada tem a ver com os 2 primeiros pontos.


O que se passa é que eu já convivi com pessoas de várias religiões diferentes, e estou farto de ver pessoas a abdicar que coisas que as fazem felizes, apenas porque a religião diz que sim. Mas ainda mais "fantástico" é que quando essas pessoas perguntaram qual era o mal, a única resposta que tiveram foi: "não sei explicar". E estamos assim em pleno século XXI a ver casos de pessoas que ficam infelizes e tomam decisões contra a sua vontade apenas porque a religião assim manda.

Por essas e por outras é que por mim todas as religiões se podem muito bem ir foder, pois eu estou-me cagando para todas elas.

Uma vez numa discussão religiosa com uma professora ela teve a lata de dizer: "O menino não pode pensar assim. As religiões não podem ser exactamente com nós queremos."

E eu pergunto porque não? Porque raio devo eu professar uma religião que defende coisas que eu não acredito? E porque devo eu ter que escolher entre as que existem ou não acreditar em nada. Deste quando é que a fé religiosa é superior à consciência individual? É que eu em consciência nunca mandaria pessoas para a fogueira, sacrificaria filhos ou diria que os pretos não têm alma com o intuito de os escravizar...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Tocha Olímpica

Há uns dias manifestantes interromperam o percurso da Tocha Olímpica em protestos contra a atitude do governo chinês para com o Tibete. Consta que a Tocha teve que ser apagada uma série de vezes de modo a ser transportada de autocarro no meio da confusão.

Os Jogos Olímpicos são um dos principais eventos promotores da paz da actualidade. Atletas de todos os países treinam-se durante 4 anos para tentarem ganhar um competição, isto tudo dentro do famoso "espírito olímpico". Já sei que uns fazem batota e tentam ganhar através de uso de técnicas e produtos fraudulentos, mas não é isso que interessa para este caso. Interessa é que quando um atleta ganha uma competição sobe ao pódio para receber a correspondente medalha de ouro e ouvir o hino do seu país a tocar. E seja qual for o seu país nas bancadas existe respeito pelo hino e no final aplaude-se os vencedores, mesmo quando não eram quem desejava-mos que ganhassem. Assim sendo sou completamente contra qualquer tipo de aproveitamento político dos Jogos.

As imagens que vimos de Paris (e penso que também de Londres) não passam de tentativas hipócritas de tentar aproveitar a visibilidade dos Jogos Olímpicos para alcançar determinados objectivos políticos. Porque tenho a certeza que se fossem perguntar às pessoas porque razão se estavam a manifestar, todas elas responderiam: "é contra o desrespeitos dos direitos humanos no Tibete por parte do governo chinês". Se então perguntassem o que é que o governo chinês fez que atentou nos direitos humanos, as respostas seriam algo do género: "diz que fez coisas e tal...". Faz lembrar a senhora que estava numa manifestação da CGTP e quando lhe perguntaram porque estava lá ela responteu: "porque diz que nos querem tirar coisas, não sei..." ou então outra que disse: "não sei que não ando por dentro das notícias". Mas voltando a Paris e Londres. Depois das perguntas, quem as fizesse reparava nos óculos de sol ou no guarda-chuva da pessoa que o comprou e comentava: "Muito giro. Onde comprou?" e depois tinha de se controlar para não esbofetear a pessoa quando ouvisse: "Foi ali na loja chinesa..."

É que toda a esta coisa à volta dos JO não é a China que vai prejudicar. Vai prejudicar é os atletas de todo o mundo que se estiveram a preparar durante 4 e 8 anos para a prova e na altura arriscarem-se a haver um boicote e atirar com o trabalho de uma carreira para o lixo.

Enquanto isso, as mesmas pessoas que se estão a manifestar continuam a comprar produtos chineses, ir a restaurantes chineses, etc..., até porque "uma coisa não tem nada a ver com a outra..."

terça-feira, 8 de abril de 2008

Excertos de Notícias de Hoje

Estava a ver as notícias do dia e não resisti em pôr aqui:

"Na opinião do CDS-PP, a ASAE cometeu "mais um excesso de interpretação" da lei ao considerar que as máquinas que dão brindes ou chocolates em troca de uma moeda constituem jogos de azar.
(...)
O jornal Público noticiou que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica apreendeu todo o material de um armazém com a "justificação de que não era possível ao cliente perceber qual o chocolate a que teria direito antes de introduzir a moeda de 50 cêntimos" na máquina."

in Jornal de Notícias


"Antes de Ana Francisco, o Tribunal ouviu outras testemunhas. Algumas, ex-alunos da escola, referiram ser "normal" o uso de excrementos de animais nas praxes, prática que até achavam divertida."

in Jornal de Notícias


"Deputado do PND propõe estátua de Jardim com 50 metros e escada interior
A Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) agendou para hoje a iniciativa do PSD de um projecto de resolução que homenageia Jardim e os seus 30 anos de governação. Aproveitando a homenagem, Baltasar Aguiar, deputado do PND, requereu ontem a apreciação de outro projecto, da sua autoria, intitulado "Construção de uma estátua do dr. Alberto João Jardim", tendo os serviços da ALM solicitado parecer jurídico prévio à sua admissibilidade.
Diz o PND que Jardim é uma "figura incontornável da nossa história recente, nomeadamente pelas muitas obras públicas que tem realizado por toda a ilha". O projecto diz que "este ilustre e intrépido guia e mentor do Madeirense Novo merece uma mais significativa homenagem, que lhe é devida em plenitude do seu Governo, não depois da sua jubilação". Assim, propõe-se que a ALM recomende ao Governo Regional a "construção de uma estátua em bronze ou outro metal nobre, com cerca de 50 metros de altura, que represente o amado líder da Madeira Nova, dr. Alberto João Jardim". "

in Diário de Notícias


"Presidente da Antral acusa funcionários de agirem com maldade
O dia de trabalho ao volante de um táxi acabou ontem mais cedo para Horácio. Ao entrar no lisboeta bairro de Alfama, pela Rua dos Remédios - de acesso condicionado ao trânsito, estando o sinal amarelo intermitente a autorizar a marcha -, sentiu que, de repente, o pilarete amovível se elevou debaixo da viatura, destruindo todo o cárter e a bomba de óleo. Foi necessário chamar o reboque.Os populares, ouvidos pelo DN, garantem que, naquele mesmo sítio, já se registaram centenas de casos semelhantes. O presidente da Antral, associação que representa os taxistas, garantiu ao DN que tem conhecimento de, pelo menos, duas dezenas de casos a envolverem aquele tipo de viaturas. Segundo Florêncio Almeida, nunca a EMEL - a empresa municipal que gere o estacionamento tarifado à superfície, alguns parques e controla as zonas históricas com entradas condicionadas ao trânsito - se responsabilizou pelos estragos, que já representam, frisou, "milhares de euros". "Os taxistas dizem-me que, nalguns casos, mais parece que os funcionários da EMEL agem por maldade ou por brincadeira". Só assim se compreende, explicou, que estando o pilarete amovível em baixo, e o sinal amarelo a autorizar a marcha, de repente suba e atinja as viaturas quase a meio."

in Diário de Notícias

segunda-feira, 7 de abril de 2008

...

Eu sei que é possível que eu tenha chateado muita gente com o que eu escrevi na entrada de 31 de Março, isto é, no caso de alguém a ter lido. Assim sendo, achei que devia clarificar uma coisa que anda na minha cabeça à 7 dias: eu não escrevo aqui para os outros, mas sim para mim.

É que desde essa entrada achei que quando determinadas pessoas vissem o que eu escrevi ficariam na ideia que eu estava a tentar dizer alguma coisa. E o facto de após uma semana não ter havido qualquer comentário preocupou-me.

Preocupou-me pois não que ache que devo justificações a alguém, pois não as devo. Devia justificações a mim próprio, e essas foram dadas faz hoje uma semana. O que quer que aconteça daqui para a frente é absolutamente irrelevante. Eu tomei uma decisão. Uma que me custou imenso tomar, que me fez sentir esquisito durante toda a semana, mas que não me arrependi de ter tomado.

Por isso aproveito aqui para dizer: não queria mandar nenhuma mensagem subliminar a ninguém com aquela entrada. Eu escrevi o que escrevi porque devia a mim próprio uma justificação. Pois em todos as decisões que tomo tento tomá-las com a razão. Esta foi tomada com o coração. Devia a mim mesmo uma explicação racional para ter tomado a decisão que tomei e daí ter escrito o que escrevi. Podia ter escrito noutro sítio qualquer? Verdade, mas sinceramente esperava reacções.

Não voltar atrás, pois isso não faz parte dos meus planos, mas esperava gritos, insultos ou tomadas de posição. Em vez disso recebi o vazio. Daí eu achar que posso ter ferído os sentimentos de outros pois a alternativa (a de ninguém querer saber) eu recuso-me a acreditar...