quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Fúria

Eu acho que já disse por aqui que andava desmotivado com a falta de um desafio. Se não disse está dito agora. Mas tenho a certeza de já ter comentado isto com um punhado de pessoas. Mas isto agora é diferente. O tempo da desmotivação já passou. O que sinto agora mesmo é uma raiva quase que incontrolável.

Neste momento não há absolutamente nada que seja um desafio para mim. As aulas limitam-se a dar coisas que já sei, e a única coisa que vi de novo é algo que até um macaco consegue perceber. Como se não bastasse o Vista acha que quando eu lhe peço para desinstalar um programa devo estar a brincar e tenho aqui uma série de ficheiros corrompidos que mesmo quando apagados manualmente, continuam por cá. No entretanto a faculdade continua óptima. O meu almoço têm sido sandes pois tenho uma hora para almoçar, o bar está sempre cheio e não faço a mínima ideia de onde seja a cantina. No entretanto com a mudança não conheço quase ninguém, e esperam que eu arranje um grupo para a realização de trabalhos.... A sorte é que eu penso que me vou conseguir escapar disso fazendo os trabalhos individualmente e simplesmente mandando-os pastar. Duvido que não me  atribuam nota. E no entretanto tenho de aturar "professores" que dizem as maiores barbaridades por ou não perceberem de economia ou não perceberem de Português (é contigo mesmo que estou a falar), espero que seja o último caso. Já agora, eu isso já dei no oitavo ano, não preciso que venham repetir isso numa cadeira de 2º ano da faculdade...

Entretanto tenho um trabalho para entregar até amanhã, mas como bom português vou entregar quando faltar um minuto para acabar o prazo, até porque se o fosse fazer agora com certeza iria dizer algo que me poderia arrepender mais tarde. Entretanto como tenho mais umas coisas para partilhar e não me apetece escrever mais por hoje cá vai:

-> Que raio de decote era aquele que a Fátima Lopes usou naquela gala de homenagem ao Camilo de Oliveira (a SIC quer lá saber do homem, aproveitou foi para pôr dinheiro ao bolso). Será que a senhora não tem um pingo de vergonha na cara?

-> Não há ninguém com autoridade neste país para prender os gajos das petroliferas por fraude? Então o petróleo em euros está mais barato do que em Janeiro, mas os combustíveis mais caros? 

-> E já agora, o IVA não tinha descido? É que tanto quanto eu consigo ver os preços continuam iguais. Parece que a única coisa que alterou foi o bolso para onde foi parar o dinheiro...

-> E por fim, até quando vai continuar a vergonha do IVA poder incidir sobre outros impostos, nomeadamente o IA. Mas essa porcaria não é inconstitucional?

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sobre a Rússia

Entretanto tivemos aquele caso da Geórgia. Eu confesso que não prestei atenção nenhuma ao que se passou por lá, não sei quem eram os "bons" nem quem eram os "maus da fita"...

Contudo outro dia ia eu no carro e ouço uma notícia, segundo a qual a UE estaria a estudar a aplicação de sanções à Russia. Desatei-me a rir, porque só quem fosse muito estúpido é que pensaria que tal era possível. Então se a Europa (Portugal è excepção) está completamente dependente do Gás Natural vindo do Leste, como é que tinha capacidade de impôr sanções, sabendo que isso arruinaria a sua economia. Já para não falar que a Rússia é um grande produtor de petróleo, e que qualquer sanção levaria a nova escalada dos preços do petróleo...

Passado vários dias (acho que na 4ª, mas como estou de férias perco a noção do tempo) vejo um título no rodapé de um telejornal: "Dependência energética limita acção da Europa" (não sei se as palavras eram exactamente estas mas a ideia é essa).

E temos nós jornalistas, analistas, comentadores políticos e ainda a gente das tertúlias rosa choque, e demoraram quase uma semana para compreender aquilo que eu percebi em 10 segundos? Eu devo ser mesmo bom...

Cantina

Estas férias foram pouco interessantes em termos de notícias (e por favor não me venham com a história da Geórgia que mais de metade do tempo era engonhar sobre o mesmo assunto sem acrescentarem nada de novo, mas sobre esse assunto já falo), mas finalmente uma notícia verdadeiramente deliciosa: o fecho da cantina do Parlamento por parte da ASAE.

E deliciosa porquê, porque quem escreveu os títulos fê-lo de forma claramente sensacionalista (eu confesso que me ri bastante), mas lendo a notícia completa vê-se que não só a ASAE não ordenou o encerramento da cantina, como nem sequer tem autoridade para isso.

Esta parte é que para mim é brutal. Cria-se uma entidade com poderes superiores aos da Polícia ( a Polícia só pode entrar em propriedade privada com ordem do tribunal, à ASAE basta que sim), mas a cantina do Parlamento, está fora da sua alçada.

Ficaria preocupado caso a ASAE tivesse o poder de interromper uma secção da AR, para verificar o estado do edifício, mas isto trata-se de um caso aparte. Trata-se de um local que serve refeições aos deputados e a outros funcionários do Parlamento imagino eu. Penso que estes devem ter o direito de ter o local onde fazem as suas refeições sob a alçada de uma entidade reguladora que assegure que as condições mínimas de higiene e segurança alimentar estão asseguradas...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Obrigado

Estive ausente durante todo este tempo por 2 razões principalmente. A primeira foi uma ausência forçada de quinze dias, a segunda deveu-se a não ter o estado de espírito adequado para escrever o que quer que seja.

No entanto há algo que que preciso dizer.

Eu pedi transferência de faculdade em Julho passado. Já podia ter dito isto aqui à muito tempo, mas não queria fazê-lo até saber se teria sido aceite ou não. Não perguntem o que me levou a tomar essa decisão, pois a maior parte dos motivos escapam à minha própria compreensão. A única coisa que posso dizer é que "it felt right".

Mal soube qual a documentação necessária para dar início ao processo, dirigi-me à faculdade para as primeiras diligências. Antes da secretaria abrir estive à conversa com uma colega, que tinha exame nesse dia. A certa altura ela pergunta-me se eu vou ter exame, eu respondo que não, pelo que ela questiona porque motivo estava eu na faculdade desde as 8 da manhã, pelo que a minha resposta foi que ia à secretaria tratar de uns assuntos.

O que ela disse a seguir foi talvez aquilo que mais me fez sentir que estava a tomar a atitude correcta. Ela perguntou-me:

"Vais mudar para a beira da tua irmã?"

Essa não foi uma das razões da minha escolha, nem pouco mais ou menos, mas sentir que outra pessoa compreendia a minha decisão foi bastante importante para mim.

É este tipo de pessoas que eu lá encontrei e que agora me custa "abandonar" (espero continuar a vêr e a falar com todas essas pessoas).

PS-> Não refiro o nome das pessoas por motivos obvios...